Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
quinta-feira, 18 de março de 2010
mensagem recebida no dia 8 de março de 2010
Assunto: Dia das mulheres
Não lhes desejei um bom dia hoje
Embora tenha pensado nisso várias vezes
Eu sei que hoje é especial
Mas, acho que me recuso a aceitar que seja
Ou melhor, que tenha que ser
Deveríamos agradece-las diariamente
Pelo carinho, pela atenção, pela paciência
Pelo calor, pelo colo, pelo choro
Por todas as reprimendas
Que nos fizeram adultos
E também que pelo encanto
Que nos mantém meninos
Não basta um dia para que seja lembrado
Uma vida e ainda seria pouco
Pelo muito que vocês merecem
Em silêncio e com admiração as homenageio
E já que não lhes desejei um bom dia
Que seja uma boa noite
Do dia das mulheres
Bjs
Antonio Helio Monteiro
Não lhes desejei um bom dia hoje
Embora tenha pensado nisso várias vezes
Eu sei que hoje é especial
Mas, acho que me recuso a aceitar que seja
Ou melhor, que tenha que ser
Deveríamos agradece-las diariamente
Pelo carinho, pela atenção, pela paciência
Pelo calor, pelo colo, pelo choro
Por todas as reprimendas
Que nos fizeram adultos
E também que pelo encanto
Que nos mantém meninos
Não basta um dia para que seja lembrado
Uma vida e ainda seria pouco
Pelo muito que vocês merecem
Em silêncio e com admiração as homenageio
E já que não lhes desejei um bom dia
Que seja uma boa noite
Do dia das mulheres
Bjs
Antonio Helio Monteiro
"De repente, tecnologia" - Wagner Moura

Mais uma contribuição de um amigo com nome famoso - não é o ator !
==================================================================
"O Cockpit paulista do homem de RH, Wagner Moura.
Precisa de mais de 280 teclas para trabalhar. Um grande pianista precisa de muito menos...
O que as teclas fizeram conosco? Ainda bem que o criador nos deu dedos, senão estaríamos todos enlouquecidos, cutucando as coisas com a ponta do nariz."
Roldo Goi
É assustador, mas é verdadeiro. Nosso cotidiano se reduziu a apertar alguma tecla ou botão. Não que isso seja novidade porque “apertar botão” faz parte das nossas vidas há muito tempo: ligar a televisão, o rádio, eletrodomésticos etc. Agora temos botões, teclas e até equipamentos com o famoso "touch screen" (toque na tecla) em todo e qualquer equipamento que usamos, seja analógico (onde já tínhamos botões) e agora, mais modernos, os chamados digitais.
Eu confesso que fico maluco ao ver um carro cheio de botões, teclas, sinais, luzes. Isto me encanta e acho que é pelo fato de me dar curiosidade para mexer em todos e saber a funcionalidade de cada um - acho que os projetistas fazem de propósito porque este mundo de botões encantará alguém como este que aqui escreve e certamente para vender mais e mais.
Acho que isto se repete para outros equipamentos. Você acha que há simplicidade no uso dos novos eletrodomésticos? Pergunte a seus pais se eles sabem como usar. Se souberem, pergunte a seus avós. Esses, certamente, responderão que apanham para colocar alguma coisa para funcionar. Já reparou os idosos nos bancos? Coitados. Eles tentam uma, duas, três vezes e depois se entregam à ajuda de um estranho ou algum funcionário do banco.
E os telefones? Ah! Antigamente os aparelhos possuíam um disco com dez furos e colocávamos o dedo discar o número desejado. Há tempos, já dispomos de teclas e recentemente podemos digitar no visor. Isso sem falar nos novos aparelhos com mobilidade, popularmente chamados de celulares. Isso mesmo, os celulares, aqueles que nos acompanham em todas as ocasiões e lugares (eu poderia arriscar em dizer todos, literalmente) e hoje é a companhia mais certa que temos.
A foto foi tirada em uma das viagens a São Paulo. Eu estava cobrindo férias de uma pessoa de recursos humanos de lá e tinha levado meu laptop. Ao receber um consultor na sala onde trabalhava, ele me chamou atenção o quanto de tecnologia eu tinha em minhas mãos.
Tudo bem que o outro computador estava desligado, mas veja que loucura: laptop, calculadora, aparelho de telefonia fixa, aparelho de telefonia móvel. Será que em algum momento começaremos a confundir e apertar as teclas do computador achando que o telefone irá responder ou fazer contas na calculadora e achar que automaticamente os resultados serão transferidos direto para o computador (nem sei se isso já é possível) ou até mesmo serão impressos?
Isto tudo é acessibilidade? Ao ligar para a casa de alguém conhecido e este não atender, pode-se tentar fazer contato pelo computador (MSN, Facebook, Orkut, Skipe, Google talk ou sei lá mais o quê - já fico perdido com tantos meios de relacionamentos). Se mesmo assim não responder, ligamos para o celular. Chamou mas não atendeu? Significa que a pessoa viu quem chamava, porém não podia atender no momento. Então, a saída é ligar de novo para ver se atende na segunda vez. Não atendeu? A saída é deixar recado: "Te liguei em casa e agora no celular. Liga para mim quando puder." Outra saída também é mandar torpedos, as famosas mensagens de texto curtas entre celulares. Assim não tem desculpas. Deixou recado e mandou mensagem.
De qualquer forma, é difícil nos imaginar nos dias de hoje sem este mundo de teclas e botões. Estaríamos isolados e sem acesso ao mundo de informações na internet, sem contatos rápidos com os amigos, familiares, serviços etc, sem troca de mensagens por correio eletrônico ou mensagens de texto curtas (é quase o fim da troca de cartas), sem os novos e modernos sites de relacionamento.
Espero que goste.
Wagner
Assinar:
Postagens (Atom)