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domingo, 13 de março de 2011

sobre o filme O DISCURSO DO REI

Não quero nem tentar parecer crítica de cinema, porém eis-me aqui escrevendo sobre minhas percepções a cerca deste filme.

Para começar, não foi nada fácil. Foram várias tentativas, idas frustradas a cinemas lotados. Ufa ! Mas valeu cada minuto... e cada lágrima ! Em 2011, até agora, foi o filme mais bonito, na minha opinião. Premiação merecidíssima com o Oscar! Melhor filme e melhor ator ! Sou suspeita – adoro e acompanho Colin Firth há muito tempo. Poucas vezes me empenhei em assistir aos filmes ganhadores de Oscar do ano. Não entendo muito e nem sempre concordo com a “academia”. Não como crítica ou cinéfila, mas como apreciadora mesmo.

Difícil definir qual o tema que mais me agradou : a amizade ? a superação ? Começo pela amizade, pois que despertou-me sentimentos que trouxeram lágrimas aos meus olhos em diversos momentos durante o filme. Fiquei tocada ao ver na tela grande o valor do carinho e da amizade verdadeira e desinteressada demonstrada pelo terapeuta que se dispõe a tratar do rei. Não permitiu que ele desistisse de se tratar e acreditava na cura dele quando nem mesmo ele acreditava em si. Isto não tem preço ! Quem já teve ou tem alguma amizade assim, sabe bem do que estou falando. Este é o amigo que te critica sim, mas te ajuda, te empurra pra cima, enxerga tuas qualidades e não ignora teus defeitos, quando você teima em só lembrar dos problemas e não reconhecer o sucesso.

A superação acontece a partir do momento em que o rei passa a acreditar em si e enfrenta os fantasmas que o “terapeuta” tão sabiamente desvendou e o ajudou a enxergar. Não sem esforço, sem dor. Mas persistente, insistente, humildemente. Quantas vezes não resistimos ao avanço e à evolução por bobagem, por simplesmente medo de não saber como lidar com o “futuro” que se apresentará ?

Antes do terapeuta, não posso esquecer o apoio da incansável esposa, pois que mais que a mulher, amante, companheira, foi soberanamente amiga, buscando uma possível solução para um problema que atrapalhava a vida do seu amado marido desde sempre. Ela via mais nele do que ele mesmo era capaz de ver em si. Que diferença um suporte como esse faz na vida de alguém... Quem já recebeu sabe bem do que estou falando.

Bem, essa foi a minha leitura deste filme. Meio óbvia ? Talvez. Claro que filmes, livros e canções significam mais ou menos para cada um de nós a partir das nossas experiências pessoais. Gostei muito do polêmico “Cisne Negro” também. Principalmente porque novamente identifiquei-me com a história a partir de experiências pessoais. Um filme muito louco, uma história incrível, sobre as angústias de uma pessoa doente, uma profissional brilhante e dedicada. Mas isso já seria uma outra conversa, uma outra reflexão.

Por ora, só queria mesmo dividir um pouco com os meus escolhidos – vocês –minhas impressões sobre este belíssimo filme. Teria muito mais a dizer, mas esse texto ficaria longo demais e cansativo.