Não quero nem tentar parecer crítica de cinema, porém eis-me aqui escrevendo sobre minhas percepções a cerca deste filme.
Para começar, não foi nada fácil. Foram várias tentativas, idas frustradas a cinemas lotados. Ufa ! Mas valeu cada minuto... e cada lágrima ! Em 2011, até agora, foi o filme mais bonito, na minha opinião. Premiação merecidíssima com o Oscar! Melhor filme e melhor ator ! Sou suspeita – adoro e acompanho Colin Firth há muito tempo. Poucas vezes me empenhei em assistir aos filmes ganhadores de Oscar do ano. Não entendo muito e nem sempre concordo com a “academia”. Não como crítica ou cinéfila, mas como apreciadora mesmo.
Difícil definir qual o tema que mais me agradou : a amizade ? a superação ? Começo pela amizade, pois que despertou-me sentimentos que trouxeram lágrimas aos meus olhos em diversos momentos durante o filme. Fiquei tocada ao ver na tela grande o valor do carinho e da amizade verdadeira e desinteressada demonstrada pelo terapeuta que se dispõe a tratar do rei. Não permitiu que ele desistisse de se tratar e acreditava na cura dele quando nem mesmo ele acreditava
A superação acontece a partir do momento em que o rei passa a acreditar em si e enfrenta os fantasmas que o “terapeuta” tão sabiamente desvendou e o ajudou a enxergar. Não sem esforço, sem dor. Mas persistente, insistente, humildemente. Quantas vezes não resistimos ao avanço e à evolução por bobagem, por simplesmente medo de não saber como lidar com o “futuro” que se apresentará ?
Antes do terapeuta, não posso esquecer o apoio da incansável esposa, pois que mais que a mulher, amante, companheira, foi soberanamente amiga, buscando uma possível solução para um problema que atrapalhava a vida do seu amado marido desde sempre. Ela via mais nele do que ele mesmo era capaz de ver
Bem, essa foi a minha leitura deste filme. Meio óbvia ? Talvez. Claro que filmes, livros e canções significam mais ou menos para cada um de nós a partir das nossas experiências pessoais. Gostei muito do polêmico “Cisne Negro” também. Principalmente porque novamente identifiquei-me com a história a partir de experiências pessoais. Um filme muito louco, uma história incrível, sobre as angústias de uma pessoa doente, uma profissional brilhante e dedicada. Mas isso já seria uma outra conversa, uma outra reflexão.